Sinopse:
Carlos (Walmor Chagas) é um jovem de classe média que se junta a um rico empresário do setor automobilístico de São Paulo. Ele é casado, tem um bom trabalho e boa vida social, mas nunca está realmente satisfeito e pretende dar uma reviravolta em sua vida. Começa a se relacionar com outras mulheres e tenta escapar de sua rotina e, principalmente, de sua cidade, mas, ao perceber que tal fato seria impossível, tenta voltar para “recomeçar”. O filme traça um exímio painel da modernização e do caos proporcionados pelo “boom” industrial do final da década de 50.
Informações Técnicas:
Título no Brasil: São Paulo Sociedade Anônima
Título Original: São Paulo Sociedade Anônima
País de Origem: Brasil
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 111 minutos
Ano de Lançamento: 1965
Estúdio/Distrib.: Columbia Pictures
Direção: Luiz Sérgio Person
Elenco:
Walmor Chagas .... Carlos
Eva Wilma .... Luciana
Mário Aldrá
Lenoir Bittencourt
Victorio Bondiolli
Osmano Cardoso
João Chalherani
Ana Esmeralda .... Hilda
Nadir Fernandes
Etty Fraser
Darlene Glória .... Ana
Marta Gonda
Renato Gonda
Ricardo Gonda
Sérgio Hingst
Jean Lafront
Maria Lysia
Kleber Macedo
Carmem Maria
Altamiro Martins
Marcos Newman
Armando Paschoal
Cecília Rabelo
Sílvio Rocha
Armando Sganzerla
Otelo Zeloni .... Arturo
Prêmios e indicações:
Primeira Mostra Internacional do Novo Cinema de Pesaro (Itália)
• Recebeu o Prêmio de Público.
VIII Festival Internacional do Filme de Acapulco (México)
• Recebeu o Prêmio Cabeza de Palenque.
Eva Wilma foi indicada ao prêmio de Melhor Atriz ao lado de Betty Davis e Grace Kelly
Comissão Estadual de Cinema de São Paulo
• Recebeu o Prêmio Governador do Estado.
Outros
• Recebeu vários prêmios Cidade de São Paulo;
• Recebeu os Prêmios Saci, do jornal O Estado de S.Paulo, para melhor direção, melhor montagem e melhor filme.
Crítica:
Originariamente uma crítica mordaz à classe média paulistana do início dos anos 60, que buscava enriquecer com o "desenvolvimentismo" experimentado pelos patrões e patrocinado pela sonegação de impostos, empréstimos de recursos públicos e muita propaganda. Junto a essa falta de ética nos negócios estava a hipocrisia do casamento, a ponto de, em determinado momento, o patrão ser questionado por Carlos, que pergunta a ele porque o mesmo mantinha amantes. O patrão responde cínica e até mesmo surpreso: "O que uma coisa tem a ver com outra?".
A hipocrisia e falta de perspectiva desse mundo adulto era sentida pelos jovens da classe média, que não tinham opção respeitável a não ser se tornarem empresários e chefes de família, mas ansiavam por uma vida mais livre, prenúncio da onda hippie que estaria por vir. Esse subtexto porém não foi desenvolvido pelos atores e diretor, que preferiram interpretar o dilema do personagem principal como se ele estivesse sofrendo de uma espécie de "homossexualidade reprimida", como no filme O Belo Antonio, dirigido por Mauro Bolognini e com Marcello Mastroianni no papel principal.
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