sábado, 7 de novembro de 2009

Madame Satã


Sinopse:

Rio de Janeiro, 1932. No bairro da Lapa vive encarcerado na prisão João Francisco, artista transformista que sonha em se tornar um grande astro dos palcos. Após deixar o cárcere, João passa a viver com Laurita, prostituta e sua "esposa"; Firmina, a filha de Laurita; Tabu, seu cúmplice; Renatinho, sem amante e também traidor; e ainda Amador, dono do bar Danúbio Azul. É neste ambiente que João Francisco irá se transformar no mito Madame Satã.

Ficha Técnica:
Título Original: Madame Satã
Gênero: Drama
Duração: 105 min.
Ano de Lançamento (Brasil): 2002
Lançamento Comercial (estréia): 08/11/2002
Distribuição: Lumière
Direção: Karim Aïnouz
Roteiro: Karim Aïnouz
Colaboração no Roteiro: Marcelo Gomes e Sergio Machado
Produção: Isabel Diegues, Maurício Andrade Ramos e Walter Salles
Produtoras: Videofilmes, Wild Bunch, Lumière e Dominant 7
Produtoras Associadas: Sambascope e Cinema Inflamável
Música: Marcos Suzano e Sacha Amback
Fotografia: Walter Carvalho
Direção de arte: Marcos Pedroso
Edição: Isabela Monteiro de Castro
Figurino: Rita Murtinho
Maquiagem: Sonia Penna
Elenco: Luiz Henrique Nogueira
Som direto: Aloysio Compasso
Edição de Som: Waldir Xavier
Mixagem: Dominique Hennequin


Elenco:
Lázaro Ramos ...... João Francisco dos Santos / Madame Satã
Marcélia Cartaxo ...... Laurita
Renata Sorrah ...... Vitória
Emiliano Queiroz ...... Amador
Flávio Bauraqui ...... Tabu
Fellipe Marques ...... Renatinho
Ricardo Blat ...... José
Guilherme Piva.... Álvaro
Floriano Peixoto ...... Gregório
Gero Camilo ...... Agapito
Giovana Barbosa ...... Firmina
Marcelo Vale ...... Delegado
Gláucio Gomes ...... Garçon do Danúbio
Orã Figueiredo ...... Policial
Karine Telles ...... Ruiva na janela
Eduardo Coutinho ...... (voz do juiz)


Premiações:
• XXIV Festival Internacional de Cinema de Havana, Cuba, 2002;
Premio especial para o 1º longa de Karin Ainouz
Melhor direção de Arte – Marcos Pedroso

• XXVIII Festival Internacional de Cinema de Huelva, Espanha, 2002
Premio Colombo de Ouro – Melhor Filme
Premio Manuel Barba – Melhor Roteiro
Premio Colombo de Prata – Melhor Fotografia
Premio Colombo de Prata – Melhor Ator – Lazaro Ramos

• XXIV Festival Internacional de Cinema de Biarritz, França, 2002
Melhor Diretor

• Festival Internacional de Cinema de Chicago, EUA, 2002
Premio Gold Hugo de Melhor Filme.

• I Festival de Cuenca, Equador, 2002
Melhor Ator - Lazaro Ramos

• Festival Internacional de Santo Domingo, Republica Domenicana, 2003
Melhor Ator - Lazaro Ramos
Melhor Filme

• Premio APCA – Associação Paulista de Críticos de São Paulo
Melhor Ator - Lazaro Ramos
Melhor Diretor

• XXIX Festival SESC dos Melhores Filmes, SP 2003
Melhor Ator - Lazaro Ramos (publico e critica)


Curiosidades:
• Produzido com o suporte do Hubert Bals Fund do Festival Internacional de Filme de Rotterdam. Com o prêmio da Holanda para desenvolvimento de roteiro, realizou uma intensa pesquisa - vasculhou o arquivo nacional, fontes jurídicas, entrevistou pessoas que o conheceram na Lapa e na Ilha Grande, onde ficou preso. Foi também à cidade em que nasceu no agreste de Pernambuco e ao cemitério onde dizia que estava o túmulo da mãe dele. A MPB dos anos 20 e 30 também foi uma fonte importante para entender a época, parece que a música Mulato Bamba, de Noel Rosa, foi feita para ele.

• Primeiramente se pensou em Seu Jorge, que atuou em Cidade de Deus, para o papel principal.

• Eu escreveu a primeira versão do roteiro sem nunca ter ido à Lapa.

• Madame Satã foi inteiramente rodado em locações na Lapa e arredores.

• O filme que se passa predominante nos anos 30.

• Karim Aïnouz fez um minucioso storyboard, e no primeiro dia de filmagem não achou o storyboard Filmou assim mesmo. No segundo dia, seguiu o storyboard e as seqüências não estão no filme. A partir do terceiro dia, não usou mais o storyboard.

• O nome, Madame Satã, foi retirado do filme Madam Satan (1932), dirigido por Cecil B. deMille, que João Francisco viu e adorou.

• Ao longo de seus 76 anos de vida - 27 dos quais na prisão - João Francisco dos Santos sempre desafiou as definições de analfabeto, negro, pobre e homossexual. Com notável capacidade de se recriar conforme as circunstâncias, definia-se como "filho de Iansã e Ogum, e devoto de Josephine Baker" e inventou para si mesmo vários personagens (Mulata do Balacochê, Jamacy, a Rainha da Floresta, Tubarão, Gato Maracajá).

• Foi exibido na Mostra Un Certain Regard, no Festival de Cannes.

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