Sinopse:
Baseado num caso real ocorrido no Rio de Janeiro em 1960, quando um bando atacou e assaltou o trem pagador da Central do Brasil. Armados, seis assaltantes levaram 27 milhões de cruzeiros e mataram um homem. O caso só foi encerrado um ano depois, com a prisão dos culpados.
Ficha técnica:
Título Original: O Assalto ao Trem Pagador
Gênero: Policial
Duração: 89 min.
Lançamento (Brasil): 1962
Distribuição: Fama Filmes
Direção: Roberto Farias
Roteiro: Roberto Farias
Argumentos: Alinor Azevedo, Luís Carlos Barreto, Roberto Farias
Produção: Herbert Richers
Música: Remo Usai
Fotografia: Amleto Daissé
Desenho de Produção: Alexandre Horvath
Direção de arte: Alexandre Horvath e Pierino Massenzi
Edição: Rafael Justo Valverde
Elenco:
Eliezer Gomes ......... Tião Medonho
Reginaldo Faria ......... Grilo Peru
Grande Otelo ......... Cachaça
Átila Iório ......... Tonho
Miguel Rosemberg ......... Edgar
Clementino Kelé ......... Lino
Helena Ignez ......... Marta
Luiza Maranhão ......... Zulmira
Ruth de Souza ......... Judith
Dirce Migliaccio ......... Mulher de Edgar
Jorge Dória ......... Delegado
Miguel Ângelo ......... Miguel
Fregolente
Oswaldo Louzada
Wilson Grey
Mozael Silveira
Billy Davis
Álvaro Aguiar
Almeidinha
Mário Batista
Dóris Carvalho
Paulo Copacabana
Jorge Coutinho
Carlos Cristiano
Nelson Dantas
Kleber Drault
Gracinda Freire
Nascimento Gomes
Jecy Gonzalez
Mário Lago
Milton Leal
José Lopes
Vera Lúcia
Ricardo Luna
Lícia Magna
Procópio Mariano
Regina Maria
Arnaldo Montel
Antônio Pereira
Waldemar Régis
Paulo Rodrigues
Joel Rosa
Venceslau José de Castro
Karen Wanzer
Birgita Westman
Chica Xavier
Premiações:
• Prêmio Saci 1962, Melhor ator coadjuvante (Jorge Dória), Melhor atriz coadjuvante (Dirce Migliáccio) e Melhor Roteiro (Roberto Farias)
• Prêmio Governador do Estado de São Paulo 1962, Melhor Roteiro (Roberto Farias)
• V Festival de Cinema de Curitiba 1962, Melhor atriz coadjuvante (Luiza Maranhão), Revelação (Eliezer Gomes)
• Troféu Cinelândia 1962, Revelação (Eliezer Gomes)
• Festival de Cinema da Bahia 1962, Melhor Filme, Melhor Ator (Eliezer Gomes), Melhor atriz coadjuvante (Luiza Maranhão), Melhor Roteiro (Roberto Farias)
• Festival de Lisboa, Portugal, 1963, Prêmio Caravela de Prata
• Festival de Arte Negra, Senegal, 1963, Prêmio Especial do Júri
• Festival de Veneza de 1962, Representou brasileiro no festival.
Curiosidades:
• Baseado em um assalto real ocorrido em 14 de junho de 1960, às oito horas e vinte e cinco minutos de uma manhã de junho, a quadrilha liderada por Tião Medonho, cinco mascarados armados de metralhadoras e revólveres deram o bote no trem pagador de prefixo SAP-21, tripulado pelo maquinista Venceslau José de Castro e pelo foguista Pedro José da Silva.
• Nesse momento, a composição chegava à chamada “Curva da Morte”, no quilômetro 71 da linha auxiliar da Central do Brasil, próxima à estação Japeri.
• Levava o pagamento de mais de mil ferroviários dessa e outras estações. Não era pouca coisa: 27 milhões de cruzeiros, a moeda brasileira da época. Daria para comprar 108 fuscas, modelo do ano, 0km, ou montar um impensável corcovado de 1.350 toneladas de batata de primeira qualidade. Todo esse dinheiro estava contido numa caixa de madeira, guardada pelo pagador Cícero de Carvalho e dois auxiliares.
• Para facilitar o ataque, os assaltantes dinamitaram os trilhos e fizeram descarrilar a locomotiva e o vagão. Entraram no trem disparando. Mataram um funcionário da ferrovia, Francelino Paulino Correa, que estava fora de serviço, viajando de graça, e feriram outros quatro. Pegaram o dinheiro e fugiram numa camioneta Ford de cor creme.
• O filme causou impacto por sua forte dose de realismo. Os tiros foram de verdade.
• O vagão usado foi o mesmo do assalto. Estava sendo desmontado na oficina, mas a Central concordou em reconstruí-lo, e na filmagem apareceram até os furos das balas de 1960.
• Muitos dos atores coadjuvantes foram os próprios funcionários que conduziam o trem no dia do crime. Por exemplo, o maquinista Venceslau José de Castro.
• Trata-se de uma reconstituição livre na qual somente o nome do líder da quadrilha foi mantido.
• O protagonista, Tião Medonho, foi interpretado pelo ator negro Eliézer Gomes, funcionário público, protestante e cantor da Igreja Presbiteriana de Madureira. Até então jamais havia aparecido no cinema, foi escolhido num concurso nacional.
• Rodado em 62 dias, ao custo de 18 milhões de cruzeiros, mais da metade do que fora roubado do trem pagador, havia dois anos.
• “ – Pobre não pode passar de ladrão de Galinha! Roubar pouco é que dá cadeia. – Mas não dá morte, e tu, por ter roubado feito rico pode acabar morto.” (diálogo do filme).
• Nos extras do DVD existem duas versões do filme, a original e a comentada pelo diretor, com legendas em português, inglês e espanhol. O trailer do filme O assalto ao trem pagador é apresentado por Grande Otelo e mostra, entre outras informações sobre o filme, o concurso que escolheu Eliezer Gomes (ex-motorista de ambulância) para o papel de Tião Medonho.
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